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COMUNICADO ? IMPRENSA 31 de julho de 2017

Uma Economia a Duas Velocidades: Actualidade Econ¨®mica sobre Mo?ambique

MAPUTO, 31 de Julho de 2017 ¨C Mo?ambique ¨¦, cada vez mais, "Uma economia a duas velocidades", dado que as ind¨²strias extractivas e os megaprojectos lideram o crescimento recente, enquanto os outros sectores v?o ficando para tr¨¢s, de acordo com a terceira edi??o da "Mozambique Economic Update" (MEU, Actualidade Econ¨®mica sobre Mo?ambique) do Banco Mundial, hoje divulgada.

As tend¨ºncias no in¨ªcio de 2017 mostram sinais de melhorias na economia mo?ambicana, considerando o crescimento verificado no primeiro trimestre e o facto de a moeda ter estabilizado. Muitas destas melhorias devem-se ¨¤ recupera??o da ind¨²stria de carv?o do pa¨ªs, e grande parte das perspectivas de crescimento depende da evolu??o do sector das ind¨²strias extractivas. Segundo o relat¨®rio, o fortalecimento dos pre?os dos produtos da ind¨²stria extractiva, em conjunto com uma recupera??o p¨®s "El Ni?o" na agricultura e com o progresso nas conversa??es de paz, poderiam orientar o crescimento no sentido de atingir 4,6 % em 2017 e 7 % at¨¦ ao final da d¨¦cada.

Mas as condi??es econ¨®micas continuam a constituir um desafio. O crescimento encontra-se bastante abaixo dos n¨ªveis verificados em anos recentes e a infla??o continua muito alta, nos 18 %. A pol¨ªtica monet¨¢ria ajudou com que ocorresse um ajustamento significativo na economia. N?o obstante, a taxa de juro de refer¨ºncia de Mo?ambique encontra-se agora entre as mais elevadas da ?frica subsariana e as taxas m¨¦dias de cr¨¦dito da banca comercial, na ordem dos 30 %, s?o proibitivas para grande parte do sector privado. Por conseguinte, s?o necess¨¢rios esfor?os adicionais para ajudar a economia de Mo?ambique a recuperar, principalmente no que se refere ¨¤s pequenas e m¨¦dias empresas.

Numa sec??o de enfoque especial, a presente edi??o da Actualidade Econ¨®mica sobre Mo?ambique explora o perfil do sector privado formal e o impacto da crise econ¨®mica em curso no seu desempenho. Faz refer¨ºncia ao maior dinamismo e crescimento, uma vez que, desde 2002, o n¨²mero de empresas no sector formal duplicou e a quota de pequenas e m¨¦dias empresas tem vindo a aumentar, um fen¨®meno que abona a favor do crescimento da produtividade. S?o sinais positivos. No entanto, ¨¦ prov¨¢vel que a crise econ¨®mica em curso tenha um impacto desproporcionalmente negativo sobre estas micro, pequenas e m¨¦dias empresas emergentes.

"Embora o sector extractivo e as grandes ind¨²strias mostrem alguma resili¨ºncia, o resto do sector privado, os "rebentos" da economia, enfrentam a redu??o no crescimento da procura, custos mais elevados e acesso mais dif¨ªcil ao cr¨¦dito", declarou Carolin Geginat, L¨ªder do Programa para a ¨¢rea de Crescimento Equitativo, Finan?as e Institui??es do Banco Mundial. 

? priorit¨¢rio restabelecer a estabilidade macroecon¨®mica, atrav¨¦s de uma combina??o mais equilibrada de pol¨ªticas monet¨¢rias e fiscais. O facto de a infla??o estar a atenuar lentamente e de os n¨ªveis de cr¨¦dito serem mais reduzidos, sugere que o ciclo de pol¨ªtica monet¨¢ria pode estar a come?ar a tornar-se menos restritivo, ¨¤ medida que o ajustamento da economia prossegue. No entanto, para que esta transi??o seja feita sem incidentes, ser¨¢ necess¨¢ria uma resposta pol¨ªtica fiscal mais acentuada, a fim de restaurar a sa¨²de das finan?as p¨²blicas de Mo?ambique. A implementa??o de reformas de consolida??o para controlar os gastos salariais contribuiria para aliviar as press?es sobre o or?amento, e h¨¢ muitos factores que dependem do resultado das negocia??es sobre a d¨ªvida iniciadas pelo Governo de Mo?ambique.  Igualmente importante para restaurar a sustentabilidade seria um compromisso por parte das autoridades no sentido de exercerem pol¨ªticas que ajudem Mo?ambique a criar sistemas de amortecimento fiscal e a aumentar a resili¨ºncia do sector privado a longo prazo.


COMUNICADO ? IMPRENSA N? 2018/011/AFR

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